terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ESPERANÇA NA INFERTILIDADE



A viagem anual para adorar em Siló deve ter sido árdua para Ana. Ela era esposa favorita de seu marido, Elcana, mas a outra esposa, Penina, tinha filhos. Em adição à agonia da infertilidade, Ana vivia o desespero que mulheres sem filhos enfrentavam na sua cultura, uma vez que isso determinava o valor delas. Ser estéril significava que Ana era amaldiçoada por Deus e viveria na miséria quando enviuvasse.

“Onde está Deus?”, ela deve ter perguntado enquanto as suas orações ficavam sem resposta ano após ano. Nessas jornadas a Siló, Penina gostava de fazer Ana sentir-se miserável. Imagine como Penina a insultava por cima das vozes de seus filhos e filhas. O marido de Ana, Elcana, teve boas intenções, sem dúvida, quando perguntou: “Ana, por que choras? E por que não comes? E por que está mal o teu coração? Não te sou melhor do que dez filhos?” (I Sm 1.8).


Como poderia ela explicar?

Ana foi encontrada orando com tamanha emoção na presença de Eli, o sacerdote, que ele achou que ela estivesse bêbada e lhe disse: “Aparta de ti o vinho” (I Sm 1.14).



Você é capaz de imaginar como Ana se sentiu?

Penina a insultou, seu marido tentou animá-la sem muito cuidado e, em seguida, o sacerdote a acusou de estar embriagada.

Acrescente tudo isso à luta de Ana contra a infertilidade. Como conseguiu se explicar ao sacerdote sem explodir? Na realidade, ela fez justamente isso; mas Eli garantiu-lhe que Deus responderia a sua oração. Não cedendo ao ceticismo, ela sentiu-se muito melhor.

Conforme o esperado, Samuel nasceu. Poucos anos mais tarde, Ana levou o garoto – seu único filho – a Eli para servir ao Senhor “por todos os dias que viver” (I Sm 1.28).

Não era tentador ficar com o filho que tanto pedira?
Podemos imaginar a gratidão habitualmente cultivada e força de caráter dessa mulher, capaz de renunciar a criança que tanto desejara.

Ana então dedicou uma canção que tornou-se conhecida em Israel (I Sm 2.1-10). A canção fala da habilidade de enxergar além do “eu” e focalizar nas lutas daqueles que estão ao seu redor. Mostra a compreensão que Ana tinha dos caminhos de Deus.

Ela cantou não apenas sobre como Deus a beneficiou – “A estéril deu a luz sete filhos”, mas também sobre a obra de Deus – “Porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo” e a maneira como Deus age no mundo – “Levanta o pobre do pó, e do monturo exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória.”

Depois de alguns anos, Ana e Elcana tiveram três filhos e duas filhas, mas Ana nunca esqueceu-se de Samuel. Ela confeccionava uma túnica especial de linho para ele todos os anos.

Com lutas pessoas como essas – esterilidade, inveja, problemas relacionados a filhos – é fácil concentra-se em si mesma e tornar-se amarga. Ana tinha uma enorme força de caráter que a impelia a devotar-se a Deus e a enxergar além de si mesma.

*Extraído da Bíblia de Estudo da Mulher, editora Atos, 2002, p. 261, Belo Horizonte.

2 comentários:

  1. Que Linda Mensagem !! Parabenizo a Nossa Radatora ! Evelyn Targino Nossa Peróla... pela inicitavaem publicar essa Reflexão...ser mãe é Realmente um presente de Deus !! eu profetizo,que o ventre Ésteril receba vida ao ler essa mensagem sinta-se impactada ! abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, amiga! As leitoras do seu blog merecem uma reflexão da parte de Deus! E eu concordo com essa profecia, em nome de Jesus!

      Excluir